quinta-feira, 19 de abril de 2012
Eu adulta...
Num dia mulher
Noutro menina
(no fundo uma vontade enorme de ser criança)
Borboleta que perdeu as asas
Mas não a capacidade de voar
O meu corpo (ou seria a alma?)
parece constituído da mesma química dos sonhos
Numa hora indefeso, como a poeira que é levada pelo vento forte
Noutra, senhor de si, como o próprio vento que decide o destino da poeira
Mulher, menina
Criança, borboleta
Poeira, vento...Onde foi mesmo que me perdi?
Pelejo para que meu coração não se renda a penas para que não seja [só] apenas um órgão muscular oco
Sonho para que ele [tendo penas] construa asas e reaprenda a voar No entanto confesso: falta ar!
Desejo o céu,Desejo o mar,Voo,ResPiro,Mergulho,Submerjo,É pouco. É muito
Preciso de chão,Concreto,Palpável,Meio morno. Meio púrpura
Só possuo asas,Asas frenéticas,Nada de pousos dilatados,Nada de voos intermináveis
Meu deus!
Pouso?
Voo?
Construo casulos?
Saio do casulo?
nuns dias estou serena,em outros revoltada
nuns dias sou paz em outros sou guerra
nuns dias amo em outros sou indiferente
nuns dias mostro toda a minha beleza em outros escondo-me
nuns dias sou enigmatica em outros nem tenho misteriosÀs vezes, quase enlouqueço,uma pena ficar no "quase"
Cheia de conflitos existenciais,Cheia de urgências,Com fome de tudo,E saciada de tudo
Não me nutro do comum,Aprecio o diverso
Pela razão de sermos seres inacabados,Em constante metamorfose
Depois,Porque por mais que eu diga de mim
O teu olhar é que me fará mais bela ou mais fera
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário